Postagens populares

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

UMBANDA ESOTÉRICA:

DEFINIÇÃO:
Segundo W.W.Mata da Silva e F.Rivas Neto não existe Umbanda Branca, Umbandomblé, Umbanda traçada, Umbanda Mística. Todos esses nomes fazem parte do que o homem entende das leis cósmicas, integrais. A Umbanda de fato, é o que vem de cima para baixo e não o que vai de baixo para cima.

Na verdade essa suposta divisão, está no tipo de terreiros e suas vivências interiores externadas ao mundo físico. Imagine uma pirâmide, faça 3 divisões horizontais, na base da pirâmide está a maioria, que é os terreiros de vivências populares e podem ser facilmente reconhecíveis por possuírem em sua maioria, atabaques e muitas imagens de santos em grande quantidade.

No centro da pirâmide está imbuído maiores sofisticações, no tocante ao modo de proceder. Já não possuem atabaques, mas geralmente batem palmas e o número de imagens diminui sensivelmente. São tendas que apesar de se dizerem umbandas. Dividem a semana com sessões, trabalhos de mesa branca (Kardecismo), tendo um grande aparato social voltada para a caridade e outras atividades de benfeitoria (campanhas de alimentos, arrecadação de roupas usadas, etc). Claro que essa variação não é genérica, já que existe uma variante dentro de cada modelo de tenda dentro da estrutura piramidal, que vai ao infinito, tamanha é as diferenças entre uma casa e outra, tanto no tocante ao ritual quanto a sua importância para a mentalidade de cada pessoa.

No topo da pirâmide, as tendas ou templos da chamada Umbanda Iniciática, que são em menor tempo. Nesses terreiros os ensinamento do astral inferior e superior (doutrinação esotérica). Por isso nesses terreiros não existem os aspectos sincréticos confusos, pois seus fundamentos estão calcados dentro da lógica e da razão.

ALEGORIA :
Umbanda é o trigal do “SENHOR”; semeado por Òòsààlá, regado por Yemanjá e Osún,
aquecido por Songó, cultivado Òsóòsì, colhido por Ògún e transformado em “pão do espírito”, distribuído por Èsú na forma de caridade.

PRINCÍPIO:
Pensar na origem da Umbanda é desvendar a razão de ser das civilizações que se sucedem através do mistério dos tempos.

Conta-nos a sua evolução os velhos símbolos encontrados por todo o Globo, as tradições. As tradições nos dizem que a mais antiga civilização foi a “Lemúrica” que floresceu no vasto continente situado no Oceano Pacífico, na zona equatorial, cujos extremos confinavam com as terras da Califórnia, as do nordeste da América do Sul, bem como as do leste da África e sul da Índia. Iniciou o homem, nesta região, sua evolução propriamente dita, pois percebeu o seu “Ego” como conseqüência do primeiro esboço do seu veículo físico. Consta mesmo que no fim desse período as reencarnações eram, por necessidade de aperfeiçoamento da forma, imediatas.

Evolutivamente, constituem hoje, os lemurianos, os Òrìsàs do plano físico que, são os verdadeiros donos do planeta Terra.
Com a hecatombe da lemúria, por terremotos sucessivos, desaparece quase a totalidade da terceira raça deixando, no entanto, sementes na África, sul da Ásia (Índia) e América.

Foram os germens desse povo, no solo americano, que povoou a não menos fabulosa “Atlântida”, terra que se ergueu no fundo do oceano para berço de um novo povo, arquivo das tradições lemúricas, cujos sobreviventes desenvolviam-se ainda na África e Índia.

No estágio Atlanta, consolida o homem, seu veículo físico, perdendo a introspecção externa, originando-se os primeiros fenômenos anímicos-mediúnicos. Coube a gloriosa Atlântida, a luta entre a carne e o espírito e, se ela sucumbiu, venceu no entanto, por ter o espírito conquistado a vitória sobre a matéria que lhe queria tomar as rédeas da evolução, permanecendo na forma tosca, sem veículos superiores.

Cumprida a sua tarefa também a Atlântida submerge, deixando, como Guia de Raça, Antúlio nas suas tradições. Porém, antes que o mar a tragasse, legou-nos colônias entre as quais, por seu esplendoroso mistério, o Egito e as comentadas civilizações pré-colombianas da América.
Desaparecida a Atlântida, isola-se o continente americano, entretanto os descendentes da terceira e quarta raças que ali habitavam, em declínio.

Progride a colônia Atlântida – o Egito iniciando a nova era “Filosófica-Científica”, - em contraposição a “Mística” que caracterizou os períodos lemúrio e Atlanta. Por essa época, entra o Egito em contato com a Índia que forma a quinta raça, a Ária, trocando tradições e espargindo em sua passagem, saber o conhecimento, civilizando a Caldéia e a Pérsia.

Dessa permuta de ensinamento resultou um misto da “religião-filosofia-ciência”, pois a Índia ainda não se havia libertado dos conceitos iniciais lemúricos. Irradiam-se os conhecimentos dos grandes iniciados como Rama, Khrisna e Buda – na Índia; Confúcio difunde sabedoria na China; Hermes no Egito e Zoroastro na Pérsia; ergue-se Moisés no Sinai com as tábuas da Lei; multiplicam-se as sociedades secretas ocultistas.

Reaparece, Grécia, nova fase e do conhecimento aliado a Arte e a Filosofia com Orfeu, Aristóteles e Pitágoras, recebendo a Europa seu primeiro banho de cultura, oriundo do Oriente, por assimilação no Império Romano.
Surge, enfim, o Cristo de Jesus, o último Avatar, proveniente do plano superior da universalidade das idéias, aniquilando os Deuses da Raça, bem concretizado em Jeovah, e solapando o ódio pelo estabelecimento da Lei do Amor. Cristianiza-se a Europa.
Paralelamente, ao desenvolvimento destas civilizações, multiplicaram-se os descendentes lemúricos no Continente Negro que, por falta de Guias deturparam os conhecimentos primitivos pela confusão entre o ritual e o saber iniciativo, dando origem aos mais complexos misticismo descambado para o fetichismo.

Sobre a África influências das mais variáveis na sua parte norte, de outras civilizações proveniente do Oriente, fazendo-se sentir o seus reflexos mesmo no seu interior, formando centros cenográficos, ou seja, aquelas regiões em que o conjunto de caracteres são mais puros estendendo-se para a zonas onde a mescla de caracteres é intensa, isto é nos pontos fronteiriços de dois ou mais pontos culturais.
Assim, as populações africanas podem ser estudadas em nove áreas e duas subáreas como o faz Herskovits, hipoteticamente, em:
1) – Hotentote;
2) – Boschimana;
3) – Área Oriental do Gado;
3a) – Subárea Ocidental;
4) – Congo;
4a) – Subárea da Costa da Guiné;
5) – Ponto Oriental;
6) – Sudão Oriental;
7) – Sudão Ocidental;
8) – Área do Deserto
9) – Área do Egito.

Habitam estes diversos pontos culturais vários grupos humanos, compreendendo diferentes tipos raciais e, como nos diz Seligman, os grupos primitivos africanos, por uma divisão mais simples são: Hematitas e Semitas de origens comuns; os negros propriamente ditos; os Boschimanos e Hotentotes denominados conjuntamente de Khoisans e os Negrilios, que possuem caracteres bastantes distintos.

Os Hamatitas, também chamados de Kamitas, compreendem dois grupos:
1) – Os Orientais-Egípcios, os Bedjas, os Berberin ou Núbios, os Gala, os Somali, os Danakil, grande parte dos negros abissínios são mestiços de Semitas e Negros;
2) – Os Setentrionais compreendem os Berberes, os Líbios, os Taureg, os Tebu, os Peuhl ou Foulah e os Guanches, já extintos ( Ilha das Canárias ).

Os Semitas são os norte-africanos de origem árabe de difícil estudo pela intensa fusão com os Kamitas, devendo-se notar ainda um novo grupo o Sephardim, que é uma conseqüência da mistura de Semitas, Kamitas e Judeus europeus.

Os Boschimanos, o homem da selva do holandês, de origens étnicas muito discutidas, não são também verdadeiros Negros, considerados por muitos como sobreviventes de uma raça pré-histórica, de costumes muito primitivos vivendo em cavernas e arvores como abrigo tosco.
 
Os Hotentotes, resultantes, parece, da mestiçagem de Boschimanos com Kamitas, povos pastores.
 
Os Negrilios ou Pigmeus, são os anões da África, já cantados por Eródoto, de pele avermelhada ou amarelo escura.
 
Os Boschimanos, Hotentotes e Negrilios, parecem ser os mais antigos habitantes do Continente Negro e, hoje, apresentam-se como os sobreviventes de uma estranha raça pré-histórica desaparecida. Sobre os Negros, velhas lendas os davam como vindos do Oriente, de onde se derramaram no Continente Africano, em varias migrações sucessivas. A mais recente dessa migrações são os Malgaches, originários da Indonésia, o que parece confirmar a hipótese de Delafose, de que a origem dos Negros na estaria na extremidade sul-oriental do Continente Asiático.
 
Essa asserção colabora com as afirmativas da tradição Rosacruz.

Para nosso estudo, as áreas culturais que merecem maior atenção por sua influencia na formação étnica religiosa e social do Novo Mundo, são:
Área do Congo: que compreende toda a bacia do rio Congo e é habitada por povos da língua Bantu, também chamada área Hylaeana – é a zona da linguagem do tambor, a vida religiosa é de grande complexidade, sendo Zàmbi o grande Deus que toma vários nomes conforme as regiões; Sub-area da Guiné – São suas culturas as consideradas mais típcas africanas. Foi essa região que forneceu maior numero de escravos ao Novo Mundo. A sua linguagem é do grupo Sudanês e a densidade de população é imensa, sendo bastante complexa a vida social-econômica. Lá existiram grandes reinados, como o de Benin, Daomei, Ashanti. Seu campo mitológico-religioso é muito rico, principalmente os dos Yorùbá ou Nagò, dos Ewe.

Através da mitologia, vamos mergulhar em velhas concepções mediterrâneas da mitologia greco-romana e sistemas místicos egípcios e assírios-babilônicos.
A organização religiosa compunha-se de um sistema de divindades- os Òrìsàs - (Orixás), forças despersonificadas, e de um sistema iniciático bem característico.
Constitui esta área uma das mais evolutivas da África, nada ficando a dever às velhas civilizações; Área do Sudão Ocidental: - De grande importância para nós do Brasil, pois, desta zona é a importação da Cultura Male. É a área de cultura fronteiriça, assinalada pela fusão das culturas maometanas e aborígines. Floresceram nela impérios famosos, como o de Songoi, Lentouana, o dos Mandingas ou Malí e de Ghana. Sua religião é um misto de islamismo com religião dos naturais.
Na África existem representantes de diversíssimos padrões de cultura. Lá vivem não só os sobreviventes das velhas civilizações, como contingentes misteriosos, cujas origens ainda não foram definitivamente esmiuçadas. Por isso, não sabemos se os primitivos lá existentes, são indivíduos colocados nos inícios da evolução cultural, ou se seriam elementos regredidos de civilizações desaparecidas.

E não foram pesquisadores como o padre Schimidt, descobrir o monoteísmo primordial “Urmonotheismo” em grupos humanos, os Pigmeus que eram considerados os mais atrasados da civilização africana.
Concluímos, então, pelo sucinto exposto que o habitante da África não é um selvícola que vive a esmo em florestas tropicais, mas que forma em seu conjunto uma cultura poliédrica expressa em suas facetas religiosas.

Enquanto esse movimento cultural se processava na África, a América se povoava com os remanescentes lemúricos e posteriormente atlantas nela se desenvolveu civilizações que, por sua grandeza em monumentos, lembra o Egito.
Toltecas, Astecas e Maias, demonstraram seu grau de cultura por época do redescobrimento da América. Suas pirâmides de tal forma são orientadas que exalaram o conhecimento de astronomia que possuíam seus mentores, conhecimentos estes confirmados pelas inscrições zodiacais, em pedra, mais tarde estudadas.

A costa do Pacifico é rica em detalhes deste gênero, onde o estudioso encontra um reino de pesquisa. A Ilha da Páscoa, ao largo do Chile, leva a confusão aos mais hábeis decifradores, já por seus monumentos, pelos costumes do povo, caracteres raciais que diferem por completo dos aborígines da costa chilena e do culto povo conhecido por Inca no Peru, onde a civilização chegou a um apuramento apreciável. Pode-se afirmar que a América, ao tempo de Colombo, era toda habitada, ora por grupos compactos de grande densidade demográfica, ora por pequenos grupos tendo a orla litorânea maior numero de habitantes, embora esparsos. O grau de cultura era variável, desde os conhecimentos superiores nos impérios citados até a mais rude condição de vida.
Mas, de uma maneira geral, o nativo americano tinha a crença em um Deus. Alguns admitiam uma trindade superior e a imortalidade da alma e nas suas manifestações, após o desencarne, para os que se encontravam ainda na matéria.
A prática mediúnica era evidente em seus feiticeiros, pajés, que se portavam como verdadeiros oráculos.
Este era o estado geral dos habitantes americanos na época dos descobrimentos.
A América é invadida pelo europeu de pele clara, em diversos pontos. Formaram-se colônias em varias zonas do território, sendo o Brasil colônia do Reino de Portugal.
Havia necessidade de progresso nas colônias para compensar economicamente as despesas feitas para mantê-las. A colônia devia produzir e dar lucro para o colonizador.

ESCRAVIDÃO:
- Escraviza-se o homem da terra – o índio americano, - como o chamavam. Porém, este não se adaptou ao estado de coisas, mesmo muitas campanhas foram levantadas, tendo a frente padres jesuítas, contra este tipo de escravidão.
Surge um recurso, o negro do Continente africano, e com ele, um rendoso tráfico. Infiltra-se no Brasil mais um tipo racial alem do branco usurpador da terra e o dono da terra. Traz o negro, de origem quase na totalidade Sudanês e Bantu, consigo, o ritual e conhecimentos místicos de suas paragens.
E, aqui, em nossa Pátria, ouve-se , pela primeira vez, quem sabe, o “tan-tan” africano. Combate o branco o seu ritual, proibindo tais manifestações e, mais uma vez, os jesuítas intervém permitindo os seus trabalhos, procurando ao mesmo tempo apresentar, através da catequese, um único Deus. Assim, traduz-se o termo Òrìsàs por santos, em similitude ao santo católico, datando daí, a confusão entre o santo católico e Òrìsàs Nagò. E, mistura dos dois rituais: Católico e Nagò-Jèje, notando-se, nas primeiras épocas de colonização, santos católicos entronados em mesas de Batuque (Batukàjé). O São Jorge passou a ser o Ògún ou Òsóòsi (Oxossi) e a confusão continuou, não que o Negro iniciado não soubesse suas diferenças, porém, aceitou por necessidade. Tanto que, se por cima de uma mesa tosca havia uma estátua de um Santo Católico, por baixo estava o “fetiche”do Òrìsà Africano – o “Etá ou Otá”.
O Africanismo impuro, por influência do Catolicismo traz, simultaneamente, para as suas fileiras, as tradições religiosas do aborígine brasileiro, surgindo culto especiais, formando dois grupos distintos: o daqueles que admitiam, em suas reuniões, somente manifestação de Òrìsàs, lutando pela pureza dos ritos iniciais e, o dos que também aceitaram manifestações de outras “Entidades Espirituais – os Egunguns”.

Estas reuniões de culto Afro-Ameríndio-Católica, tomaram várias denominações tais como: na Bahia, - “Candomblé” deturpação por extensão do termo que se referia às grandes festas anuais do Africanismo; os “Encantados de Caboclos, onde o misto é mais nítido; “Cabulá”, Sociedade Secreta de Componentes Bântus, que teve o seu apogeu com o “13 de Maio”, entrando rapidamente em declínio e, atualmente, quase extinta; no nordeste brasileiro, “Xangô” – onde a dosagem da cultura ameríndia é bem maior; no norte do País, o “Catimbó”, com influências da magia mediterrânea, com seus bonecos de cera e a aceitação de manifestações, por médiuns (aves), de espíritos de “animais desencarnados”, como o da “Cobra Grande”( sem levarmos em consideração o símbolo esotérico da nossa “Boi-Açu”); No Rio de Janeiro, “Macumba”; no Rio Grande do Sul, “Batukàjé”, mais conhecido por “Batuque e Toque”.
O sincretismo continua em sua marcha, mas, nos dias de hoje é indevido, por este imenso Brasil, nas mais variadas formas e percentagens de misturas. É o período preparatório, de confusão, de adaptação, descambando em vezes para a involução de processos espiritualistas, depois de um apogeu em Cristo.
 
O sopro evolutivo chega. A massa se agita e surge um movimento renovador. É a “UMBANDA”, o renascimento dos velhos princípios, titubeantes ainda, mais a névoa já é menor. A codificação; é pouco. Escrevem-se “livros”de doto gênero. Nova confusão. O neófito perde-se na entrada do “Templo”.
 
Concorrem as diversas correntes espiritualistas, os ramos de uma árvore, quer através de suas obras ou de seus membros, para reerguer as velhas tradições, concretizando-as na “Umbanda”, provocando um movimento de caráter nitidamente evolutivo e sem fanatismo.
“A “Umbanda” não é espiritismo, esoterismo,teosofia, mentalismo, como muitos julgam. Ela é tudo isso e muito mais: é também magia.
De suas origens se deduz que ela é conhecimento (Magia), sob aspectos básicos de filosofia, ciência e religião.

É FILOSOFIA, porque estuda os problemas gerais relativos aos sumos princípios de interpretação do Cosmos e a intuição universal da realidade em que se fundamenta. Admite uma única Lei. A lei de Umbanda, a da causa que é o próprio efeito, a realidade única indefinível, Olorun (Deus).

É CIÊNCIA de experimentação empírica, porque estuda racionalmente os fenômenos de ordem psíquica e física, comprovado pela experiência suas Leis. Tem como meio de pesquisa os métodos e processos da Psicologia, Psicanálise, dos estados Anímicos, Mediúnicos e Mentais; do Magnetismo, Hipnotismo, Matemática, Química, Física, Botânica, Zoologia, Geologia, Arqueologia e das demais ciências chamadas Acadêmicas e Herméticas.

É RELIGIÃO, porque mantém “um culto” e uma liturgia baseada em “símbolos” com caráter : “MONOTEISTA” por venerar somente um Deus, em Espírito e Verdade, não passível de representação; NATURAL, pela consciência do mundo com as forças que o impulsiona; MORAL, pela consciência do ser em si mesmo, das idéias de progresso espiritual; REDENTORA, pela consciência em Deus, quer por abstração negativa, como Buda, quer por abstração positiva, como Jesus Cristo.
A “Umbanda”é, pois, a religião da “natureza”, da “moral” e da “redenção”. Segue os ensinamentos de Jesus Cristo, condensados em seu único mandamento: “Ama o próximo como a ti mesmo, para que possas amar a Deus acima de tudo”.
Não é nova a revelação, porque a revelação é Una é o pensamento através do tempo, expresso em conhecimentos.
DEFINIÇÃO : Definiríamos a Umbanda como: “O CONJUNTO DOS CONCEITOS E PROCESSOS DE ORDEM FILOSÓFICA, CIENTÍFICA E RELIGIOSA, COM A FINALIDADE DE EVOLUÇÃO MATERIAL ESPIRITUAL DAS FORÇAS INTRÍNSECAS E EXTRÍNSECAS QUE REGEM O HOMEM”.

UMBANDA UNIVERSAL E MATER
O caráter de “Conhecimento, Revelação e Tradição”, assegura à “Umbanda” sua “Universalidade” nos diversos matrizes da “Filosofia, Ciência e Religião”:
É o que se conclui, por dedução do que nos conta a sua origem.
É a “Mater Filosofia-Ciência-Religião” una em seu trino aspecto básico, fonte primitiva de “Quando o Mundo não era Mundo”, de onde brotam, através dos tempos, os atuais “Conceitos Universais”.
UMBANDA NO BRASIL:
Embora a Umbanda seja universal, a sua exteriorização vária com o povo que a prática.
Já no tempo histórico, em nosso “Arabutã” (Brasil), existe uma forma de Umbanda que iniciou em “13 de Maio de 1500”, com a primeira missa rezada pelo Frei Henrique de Coimbra. Assim, reporto-me porque foi o ponto inicial, quem sabe, da assimilação litúrgica pelos nativos, por imitação e por mímica, sem conhecer o significado oculto do “Gesto” ante o altar e a cruz..
Habitava, por essa época, a nossa terra, o seu dono, por posse e assentamento, o “aborígine brasileiro”, os “brasis”. Chega o branco ao Continente Sul-Americano, ávido de riqueza e de retorno a sua Pátria, mas termina se fixando no novo “Habitat”, mesclando seu culto religioso com os do ameríndio.

Por escravidão, aportou às plagas brasileiras, o Negro, proveniente dos mais variados rincões africanos e, aqui, mistura seus ritos, que já não eram puros na origem (África), com os do “Índio brasileiro” e o homem importado.
Com três raças em contato, com três culturas se beirando, era fatal a troca, o sincretismo, e foi o que aconteceu lá pelos idos das primeiras colonizações pelas sucessivas levas de Negros.

Os vários cultos africanos se “amalgamaram” a princípio, entre si, e depois com as religiões brancas :
Catolicismo e espiritismo. (nota de Ocipalede: amalgaram-se também, com a do ameríndio-cabôclo). De modo que temos, em ordem crescente de sincretismo :
l) Jèje-Nagò (nota de Ocipalede: ambos de origem Sudanês).
2) Jèje-Nagò-Muçulmi ( nota de Ocipalede: Negro de cultura Árabe).
3) Jèje-Nagò-Bântu ( nota de Ocipalede : outro grupo lingüístico e pobre em rituais).
4) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu;
5) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu-Ameríndio;
6) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu-Ameríndio-Espírita;
7) Jèje-Nagò-Muçulmi-Bântu-Ameríndio-Espírita-Católico.

O sincretismo continuou, estendendo-se por todo o País.

Outras correntes de pensamentos chegaram, como a Teosofia, o Protestantismo e o Rosacrucianismo, para enriquecer o manancial de conhecimento litúrgico da Umbanda Brasileira, por assim, chamar, pois de fato, a não ser didaticamente, não há distinção da Umbanda Universal, já que a “Umbanda e Una”, sendo, apenas polimórfica.

Não há dúvida de que “Ela é Sincrética; faceta brasileira, com “nada de seu”, porém, por sua origem “Universal e Mater”, “tudo” lhe pertence, como até o próprio nome, que de fato lhe é exclusivo.

A Umbanda, atualmente, já superou a fase de “recolhimento”, isto é, superou a fase sincrética, a fase involutiva, com retorno à processos, por vezes arcaicos, calcados em rituais bárbaros, sem fundamento “Esotérico”que se perdeu no “Tempo”. O fato geral: “perde-se o “ensinamento e fica-se com o ritual”. ( Hoje, em pleno século XXI, vejo como grande inimigo da Umbanda, a essa coisa que estão criando, como, um novo culto em substituição da Umbanda, que é para Entidade Èsú, outorgando-lhe poderes indevidos, como sendo, superior, igual aos demais, Caboclos Òrìsàs.).
Despontando a aurora do conhecimento esotérico no meio umbandista, a “alfa da evolução”, nos indicando a senda do ecletismo, requer, ao trilha-la, por eliminação, por expurgo e por substituição, as formas menos espiritualizadas pela “estabilidade”espiralada da evolução que é a “própria Umbanda” no ecletismo da revelação e da seleção, na aquisição de conhecimentos filosóficos e científicos. Eis, pois, a meta da Umbanda no Brasil : “O ecletismo universal evolutivo”.

INTRODUÇÃO:
A mediunidade e a filantropia são atributos individuais, intrínsecos do “Homem” e independentes das correntes de pensamentos a que pertença.
As vestes brancas, em reuniões espirituais, são usadas através dos tempos.
Freqüentar reuniões umbandistas, qualquer pessoa poderá fazer, levada por inúmeros motivos, tais como, a curiosidade ou a necessidade de bálsamo para sofrimentos físicos ou Morais, etc...
 
Alguns fazem como certos prosélitos de outros cultos, e a exemplo, citamos Católicos que dizem: “sou Católico mas não aceito a confissão nem comunhão”. Estes, certamente não são Católicos. O Católico é aquele que segue os mandamentos de Moisés, chamados “Mandamentos de Deus e os Mandamentos da Igreja Católica Apostólica Romana”.
 
Exercer, portanto, a mediunidade e a caridade, freqüentar reuniões umbandistas, usar vestes brancas e ter restrições aos “Fundamentos da Umbanda”, não é ser “umbandista”. E sim, quem poderia afirmar, simpatizante. Porque, umbandista consciente, é aquele que aceita os “Fundamentos” emanados dos básicos aspectos:

Filosófico, Científico e Religioso da Umbanda”.

Só assim têm sentido a frase:

“Sou Umbandista”, “Sou da Lei”.

A Umbanda fundamenta-se:
“UNA, TRINA E SEPTENARIAMENTE”.
“FUNDAMENTO UNO” – A Umbanda possui um único fundamento, que é a sua LEX, aquela CAUSA é o PRÓPRIO EFEITO, DEUS- OLORUN, A LEI DE DEUS, A LEI DA UMBANDA.
“FUNDAMENTO TRINO” – É o seu fundamento básico, a Lei do Uno, desdobra-se em três complementares, que em linguagem hermética são:
“ARQUÉTIPO - MACROCOSMO – MICROC”SMO".

Obs.: Para serdes um “iniciado”, tendes de conhecer a Deus, a Natureza e o Homem”.
De Deus são os “PRINCÍPIOS”.
Da Natureza são os “Fatos”.
Do Homem são as “Leis”.

Conseqüentemente, a Umbanda fundamenta-se trinamente:

Em Deus, o “Arquétipo”.
Na Natureza, o “Macrocosmo”.
No Homem, o “Microcosmo”.

“FUNDAMENTO SEPTENÁRIO”- O septenário é o número universal por encerrar os demais. Sete são os Fundamentos da Umbanda. Sete é a soma do Ternário com Quaternário. E isto, quer significar: a soma dos Princípios, dos Fatos e das Leis: Assim a Umbanda se fundamenta:
1) Na existência de Deus;
2) Na pluralidade dos Mundos;
3) Na pluralidade dos corpos do homem e a existência do espírito;
4) Na pluralidade das Entidades Espirituais;
5) Nas linhas de Umbanda;
6) Na evolução da forma e do Espírito:
7) Na ética entre os entes.
PRIMEIRO FUNDAMENTO:
 
DEUS

Deus é um “ENTE” indefinível, primitivo, conceituado pela mente que admite. Definir Deus é dar-lhe atributos antopomórticos. Em nossa humanidade dividida encontramos: Os “Teistas”, que aceitam Deus e estão distribuídos em:
·   Monoteísta, que admitem um Deus.
·   Politeísta, que aceitam a existência de muitos Deuses.
·   Os Ateístas, que pregam a não existência Deus.
·   Os Agnósticos, que declaram a não compreensão de Deus pela inteligência.
Esotericamente, Deus é um “ENTE CÓSMICO”, que em sua atividade se exterioriza sob três aspectos distintos, que são harmônicos e simultâneos.

É o fenômeno da “Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade”, que se desdobra nos “Sete Espíritos Governantes Cósmicos”e que são os “Sete Òrìsàs Maiores” (Orixás), os “Sete Mundos”.
A Umbanda é Monoteísta, admitindo Deus Uno e Trino, e sua consequência Septenário e, somente Ele é passível de adoração, por abstração, sem representação, nem mesmo por símbolos.

SEGUNDO FUNDAMENTO
 
PLURALIDADE DOS MUNDOS
 
A doutrina da pluralidade dos mundos é, atualmente, de caráter quase universal. Todavia, nem sempre foi assim, pois muitas das filosofias e religiões, que ainda hoje existem, afirmavam a sua unidade, cujo centro seria a nossa “acanhada” Terra. Com a evolução do entendimento filosófico e as conquistas da ciência, os conceitos também progrediram e, hoje, nas elites pensantes do planeta, discute-se a habilidade de seres em outros mundos físicos, os seus aspectos e os seus graus de inteligência. A Umbanda, nitidamente evolutiva, para ser redundante, conclama com a “ciência acadêmica”a pluralidade física dos mundos – mundos da forma – e, com a ciência esotérica aceita a sua pluralidade hiper e infra-física.

Quanto a forma, a ciência atual costuma classificar os Cosmos, em “quatro ordens de universos”:
O de primeira ordem, que é o constituído pelo nosso “Sistema Solar”, ou por sistema análogos em outras estrelas que não o “Sol”e, em cada galáxia (com seus planetas, satélites, cometas, asteróides, meteoritos e poeiras);
1.      O universo de segunda ordem, é aquele de cada galáxia semelhante a nossa Via Láctea. É, pois, constituído por miríades de estrelas e suas coortes de astros;
2.      O de terceira ordem, é o dos cúmulos de galáxias ou hipergaláxias;
3.      O universo de quarta ordem, é formado pelos cúmulos do hipergaláxias. Assim. O Cosmos é o conjunto de universos, implicando na noção de “Cosmos Finito”como já o afirmava “Finstein”e, para acentuar a noção compreenda-se sua expansibilidade.
4.      O Cosmos, na pluralidade dos mundos, é “Finito” e está em “Expansão no Espaço” através do “Tempo”.
A Umbanda entende a pluralidade dos mundos, partindo da compreensão de “Deus como o Absoluto”, por existir, independentemente de qualquer condição, sem atributos, nem limites.
5.      Primeiro plano Cósmico: No entanto, partindo do conceito de “Espaço Total”, conjunto de mundos e, de “Tempo Total”, por correspondência e abstração, depreende-se uma relação, “Um Ente Deus”.
6.      Segundo plano Cósmico: A Divindade Cósmica, passando pela Trindade se desdobra em “Sete Universos”.
Terceiro plano Cósmico: Cada um destes Sete Universos, com sua Divindade Regente trina, também é septenária, formando, por sua vez, Sete Universos.
Quarto plano Cósmico: Estes universos, com seu Regente Divino, se desdobram em sete universos de quarta ordem, como os denomina a ciência acadêmica, na “Unidade e na Trindade”.
Quinto plano Cósmico: Segue-se, a condensação dos universos de quarta ordem, em sete universos de terceira ordem.
Sexto plano Cósmico: Cada um dos sete universos de terceira ordem se desdobram, depois do Uno-Tríplice, em outros sete universos de segunda ordem.
Sétimo plano Cósmico: Os universos de segunda ordem, transformam-se, na decida para a matéria, em sete universos de primeira ordem, ou sistemas solares que são os de maior densidade e de maior extensão.
Estamos na presença do nosso Universo! O sistema Solar, com sua cadeia de planetas, que esotéricamente são sete, considerando-se o satélite da Terra, a Lua, como tal e, formando, assim, “Sete Planos”, que são:
7.      1ª) Mahaparanirvánico, Adi ou Mundo de Deus;
2ª) Paranirvánico, Anupadaka ou Mundo dos Espíritos Virgens;
3ª) Nirvánico ou Atímico ou Mundo do Espírito Divino;
4ª) Buddhico, Intucional ou Mundo do Espírito da Vida;
5ª) Mental, dos Pensamentos;
6ª) Astral, dos Desejos, Emocional;
7ª) Físico, Material.
8.     
O primeiro plano, o ADI, é o da Atividade Divina. O segundo e o Terceiro. São os campos da evolução Hiper-Humana, enquanto que Mental, Astral e o Físico, são evolução humana e os mais conhecidos pelas religiões e filosofias antigas.
Assim, o Plano Mental corresponde ao Céu ou Paraíso de certas religiões Cristãs, para os muçulmanos e judeus; aos Campos Elíseos dos Gregos, e ao Devacam dos Hindus.
9.     
Nota-se que estes planos, não são como prateleiras, um em cima do outro, mas também “Interpenetrantes”, cuja penetração é do mais evoluído ao menos evoluído, do primeiro ao sétimo e todos formados por matéria universal, que se gradua de mais densa a menos densa. Sendo a menos densa, a do primeiro plano e, devido a interpenetração dos planos, que se dá a Deus, o atributo de “Onipresença.
10.  TERCEIRO FUNDAMENTO
 
11.  OS CORPOS DO HOMEM - ESPÍRITO
A constituição do ENTE HUMANO, depende do plano de observação em que se coloque o estudioso e, por isso, o Homem poderá ter um, dois, três sete e até dez corpos distintos ou veículos.
12. 
PRIMEIRO - O HOMEM UNO
1a) Materialistas: Ao contemplar o Homem, com os sentidos ou com instrumentos que o amplie, de imediato, ressalta, através de suas particularidades físicas e fisiológicas, como sendo este, constituído de matéria do Mundo Físico, e aqueles, que assim se situam, são os que militam na Escola Materialista e afirmam que o Homem é Uno, apenas composto de elementos químicos, que ao se combinarem formam o seu Corpo Físico e, portanto, o homem seria: “Uno. Somente Matéria, com um só corpo: O Corpo Físico. Nota-se: Hoje, não se fala em termos de matéria, e sim, em energia, campos energéticos e níveis de energia. Entretanto, esta Escola mantem, ainda, a sua denominação, talves por tradição. 

 
1.      2a) Espiritualistas Unilateralistas: Os pertencentes a esta Escola Filosófica, com muito poucos adeptos, dizem que o homem é matéria somente na “aparência”, mas, que de fato, o que há é um erro de observação ou falta de apuramento de nossos sentidos físicos e que, na verdade, o Homem é Somente Espírito. Esta corrente, que é espiritualista, difere apenas da materialista, por troca dos termos, ou seja, onde se diz matéria, se diz espírito, e nunca na essência do conceito e, portanto, o Homem seria:
“Uno e, Somente Espírito, com um só corpo: O Espírito”.
2.       
3.      SEGUNDO- O HOMEM DUAL:
4.      Algumas correntes espiritualistas, como a dos Católicos e Protestantes, aceitam o Homem como constituído de um “Corpo Físico” onde habita, e um “Corpo Espiritual, o Espírito”, pertencente a um “Mundo Espiritual, o hiper-físico e, portanto, o Homem seria “DUAL”, formado por dois corpos:
5.      “ESPÍRITO – MATÉRIA – CORPO FÍSICO” .
6.      TERCEIRO – O HOMEM TRINO:
7.      O Espiritismo, em sua filosofia espiritualista, acentuada por Kardec na codificação, dá ao Homem um tríplice constituição:


QUARTO – O HOMEM HEPTENÁRIO:
Os teosofistas, hinduístas e algumas correntes espiritualistas, apregoam que o Homem é composto de sete corpos, que são:
1ª) O Espírito, pertencente ao terceiro plano de nosso Universo, o Nirvánico ou Atmico;
2ª) O corpo Espiritual ou Buddhico, que é formado por partículas do plano Buddhico;
3ª) O corpo Causal, que é composto de partículas do plano Mental Superior;
4ª) O Corpo Mental, cuja composição é a constituição do plano Mental Inferior;
5ª) O Corpo Astral, formado de matéria do plano Astral;
6ª) O Corpo Etéreo, formado pela matéria etérea do plano Físico;
7ª) O Corpo Físico, formado pela matéria do plano Físico.

QUINTO – O HOMEM DECENÁRIO:
Os espiritualistas rosacrusianos, em primeiro lugar, fazem distinção entre “Mente”e “Alma”e consideram o Homem como composto de Dez Princípios. Afirmam que o Homem é um Tríplice Espírito, possuidor de uma Mente, que comanda um Tríplice Corpo, que gerou uma Tríplice Alma.
O Tríplice Espírito seria:

1ª) O Espírito Divino, o espírito em si, pertencente ao plano Nirvánico;
2ª) O Espírito da Vida, constituído e pertencente ao plano Intucional ou Buddhico;
3ª) O Espírito Humano, composto e pertencente ao plano Mental Superior.
A Mente, que pertence a região inferior do plano Mental, é constituída de seu material e forma um elo entre o Tríplice Espírito e os Três Corpos.
 
A Tríplice Alma, que é emanação do Tríplice Corpo, seria:
1ª) A Alma Consciente;
2ª) A Alma Intelectual;
3ª) A Alma Emocional, todas pertencentes e formadas pela matéria do plano Mental Inferior.
O Tríplice Corpo, emanação do Tríplice Espírito, seria:
1ª) Corpo Astral, formado e pertencente ao plano Astral;
2ª) Corpo Etérico, (Duplo etérico) composto e pertencente a região Etérea do plano Físico;
3ª) Corpo Físico, constituído e pertencente ao plano Físico tangível pelos sentidos comuns.
O ESPÍRITO:
Todas as correntes de pensamentos, a não ser as materialistas, são acordes, que no Homem há um “Espírito”.
A Umbanda segue a recíproca de Hermes – “Como em baixo assim é em cima”, - “Assim como é o “Microcosmos é o Macrocosmos”.
A Gênese ( primeiro, v.26) diz: “O Homem foi feito à imagem e semelhança” de seu Criador. Embora seja uma afirmativa pretensiosa, o termo semelhança deixa uma distância incomensurável, podendo ser aceito com restrição e, então, como Deus, o Homem Trino em sua atividade, e Septenário em seu Universo.
O Homem é uma “Consciência Encarnada” em um Universo Mutável ( os seus corpos mortais), onde se manifesta trinamente como: “Vontade – Amor – Inteligência”.
A Umbanda aceita o “Espírito Uno e Trino” em seu Universo Septenário na pluralidade dos Corpos do Homem.
IMORTALIDADE: Resta saber, se o Espírito Humano é mortal, se parece na transformação da matéria por absorção em seu plano, ou se é Imortal? Os materialistas, como não poderia deixar de ser, nem cogitam do assunto, pois para eles, só há existência material. As demais correntes, todas espiritualistas, afirmam a Imortalidade do Espírito, fazendo coro com elas, a Umbanda.

MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO:
Os espiritualistas não estão acordes com a manifestação do Espírito fora da matéria, quer quando encarnado, quer após o desencarne. Para alguns, o Espírito quando fora do Corpo Físico, jamais se manifesta.
Outros, só admitem, sua manifestação após o desencarne e, assim, formando dois grupos: “os que aceitam sua manifestação SEM interferência de intermediários ( médiuns), e os que admitem a manifestação do Espírito Humano COM ou SEM intermediários ( médiuns)”.
Porém, encontramos outra classe que embora aceitam a manifestação do Espírito com a dependência ou não do médium, só admitem esta comunicação, quando o Espírito for desencarnado, ou melhor, quando já não possua “Corpo Físico”.
Poder-se-ia, ainda, inserir uma nova classificação na daquelas que aceitam a manifestação só do Espírito Humano e outros que acreditam na manifestação do Espírito Humano e outros Entes Espirituais.
A Umbanda aceita a manifestação do Espírito Humano, sem nenhuma restrição, bem como, de outros Entes Espirituais.

A REENCARNAÇÃO:
Como conseqüência de existência e imortalidade do Espírito Humano, nasce o problema dos renascimentos ( reencarnação).
Correntes há, como a Católica e a Protestante, que apregoam, que o Espírito uma vez descarnados, não mais volta a ter Corpo Físico.
Mas, a corrente mais numerosa entre os espiritualistas “é a dos rencarnacionistas”. Também, aqui, encontramos divergências , porque alguns se situam na admissão de reencarnações, “somente em seres da mesma evolução”, ou seja, “que o Espírito Humano reencarna só na forma Física Humana”. Acontece, que outros assim não entendem e afirmam “que o Espírito Humano pode reencarnar em outras formas Físicas menos evoluídas”, tais como, a dos animais.

A Umbanda situa-se entre os que só admitem a reencarnação na forma Humana.
Nota: Espiritualismo é crença na existência do Espírito Imaterial, oposto ao materialismo. O Espiritualismo é a base todas as Religiões. Assim, espiritualista é aquele que acredita que no Homem, nem tudo é matéria, o que de modo algum, implica na crença da manifestação dos Espíritos.

Todo Espírita é, necessariamente, Espiritualista. Põem, se pode ser Espiritualista sem ser Espírita. Claro está, que o Materialista não é nem um nem outro. Espiritismo é, pois, a “doutrina” fundada sobre a crença na existência dos Espíritos e em outras manifestações. O seu adepto denomina-se Espiritista, palavra que não foi consagrada pelo uso, empregando-se em seu lugar o termo Espírita.
A Umbanda “NÃO” é Espiritismo, embora contenha os seus ensinamentos não se limita a Eles. Estuda, também, a natureza de “Entes Espirituais não Humanos”.

QUARTO FUNDAMENTO
 
PLURALIDADE DAS ENTIDADES ESPIRITUAIS
 
É conceito firmado em quase todas as Religiões, a existência de Entidades Espirituais, umas acima e outras abaixo, da escala evolutiva do Homem. Há nessa cadeia, Entidades Sublimes, pelas suas perfeições, que formam uma verdadeira Hierarquia Espiritual, que cuidam e guiam a evolução de “Entes” em estágios inferiores aos seus.

Para nosso estudo, entende-se como ‘Entidades Espiritual”, todo o “Ente”que não mais possua seu Corpo Físico, ou que nunca o teve.
Classifica-las, ordena-las, é tarefa muito difícil por sua complexidade, porém, como cunho didático, salvo melhor, é satisfatória a que segue:

ENTIDADES ESPIRITUAL HUMANA COM EGO—“EGUM”:
Neste grupo se situam as formas Espirituais que tiveram Corpo Físico como nosso, e que são atidas por sua essência – O Espírito.

Na Umbanda tomam o nome genérico de “Egum”-Espírito de Morto. Tome-se o termo “morto” como desencarnado.
 
ENTIDADE HUMANA SEM EGO:
São resíduos dos corpos do homem, que militam em plano inferior, comumente no Astral, enquanto que o Êgo, o Espírito, com os demais corpos superiores, encontram-se em plano mais elevado. Para melhor entendimento, poderemos agrupa-los em:

A)    SOMBRAS:
Compreenda-se por “sombras”, as entidades espirituais, não mais animadas pelo Êgo Superior, mas, que por falta de libertação, o seu Êgo inferior não foi absorvido totalmente, ficando, pois, este “Ente Hiper-Físico” vitalizado, apenas, por seu reflexo. Estes Entes Espirituais não tem consciência de si mesmo como “Personalidade”, pois, na sua inteligência limitada, “supõem-se ser o indivíduo de que fez parte, transitoriamente, como um de seus corpos”.
A duração de uma “Sombra”, como entidade independente, vária com a intensidade do Espírito Inferior do indivíduo que o animava, mas vai diminuindo, lentamente, em sua atividade inteligente até reduzir-se a atos instintivos. Prestam-se, estas “Sombras”, para as mistificações freqüentes em reuniões Espíritas, bem como, por suas tendências más já que lhes restam só o Corpo Emocional, por serem Entidades do Astral, para operações de “Magia Negras”.

B)    INVÓLUCROS OU CASCÕES:
O invólucro é um cadáver do plano que pertence. É o que resta, no plano, daquilo que foi veículo do Espírito, em sua fase última de desintegração, ou melhor, quando os estão abandonando as últimas partículas do plano imediatamente superior e, quase sempre, “é o que resta do que foi uma “Sombra”. Mas, o Cascão, ao contrário da Sombra, não tem consciência e inteligência de qualquer espécie, vagueiam, por assim dizer, em correntes no plano que pertencem . Acontece, porém, que quando entram no campo de atração de um “médium”, reproduzem as expressões e até mesmo a letra daquele que serviu como um dos seus corpos. Mas, são atos automáticos, que devido a qualquer excitação, tendem a repetir, mecanicamente, os movimentos habituais. Às vezes, achamos inteligência nos “Cascões”, que de fato a tem, mas, não sí próprio, como poderia parecer à primeira vista e, sim, provenientes do “médium” que o aciona ou das Entidades com Êgo Superior, que lhes emprestam a inteligência, por momentos. Os invólucros podem ser vitalizados, quer por pensamentos humanos, quer por Entidades Espirituais. Em geral, esta vitalização visa o mal, pois são de fácil manejo e servem como ação na Magia do Vood e do Obeah . No entanto, sua vitalização pode ser para o bem, quando utilizada como roupagem de Entidades Espirituais Superiores.
A sua conservação, principalmente, no plano Astral, feita artificialmente, é Lícita, quando para fins benéficos, mas, requer conhecimentos de “Umbanda Esotérica”.

C)   CORPO ETÉREO OU VITAL:
Como o “Cascão”, também é um cadáver, porém, pertencente a parte Etérea do plano Físico. Difere do “invólucro”, por não vaguear daqui para ali, e sim, por manter-se a pouca distância do Corpo Físico em decomposição – É o fantasma dos cemitérios.
Está categoria, também, é desprovida, completamente, de inteligência e de consciência. A sua utilização é uma das formas mais “Horríveis na Magia Negra”.

D)   ESSÊNCIA ELEMENTAL:
É massa que permanece nos planos evolutivos e que pertencente a nossa evolução, reage aos pensamentos humanos. Existe uma outra espécie de “Essência Elemental”, em Umbanda, se faz através de cerimonial mágico, por “Entidade Espiritual” evocada para tal, ou pelo “Mago”.

 E)    ESPÍRITO GRUPO:
Os minerais, as plantas e os animais não tem espíritos individualizados e, sim, coletivos cuja sede é o plano “Mental”. Estes Entes, pouco a pouco ganham a sua individualidade. Basta observar o grau de evolução que separa um animal selvagem de um doméstico.

F)    ESPÍRITOS DA NATUREZA – ELEMENTARES:
São Entidades Espirituais que muito diferem das demais, pois nunca foram, nem são, nem hão de ser membros de uma humanidade como a nossa, por terem evolução completamente diversa . Somos apenas companheiros evolutivos no mesmo planeta Terra . Estas Entidades são mais evolutivas que a “Essência Elemental”, mas guardam entre si, a sua classificação primária, que é septenária, como tudo no Cosmos.

Classificam-se em “Sete Classes” que ocupam os mesmos “Sete Estados” coesivos da “Matéria”, e que são: Os Espíritos da Terra; Os Espíritos d’Água; Os Espíritos do Ar; Os Espíritos do Fogo; Os Espíritos dos três Estados Etéreos .
São Entidades Astrais e algumas Etéreas, com inteligência, que habitam e funcionam em cada um desses meios . O Umbandista pode e sabe utilizar os seus “Serviços”, mas com parcimônia e muito conhecimento de causa.

Nota: Como aviso de prudência, não se deve evocar tais Entidades, através de promessas, em troca de algo material, ou, ainda, o que é pior, utilizando influência que lhes obriguem “Obediência”. Muita “Calma e Conhecimento” no trato com “Elementares”.

G)    ORIXÁ ( Òrìsà):
É o “Deva” do Hindu, o Anjo Ocidental. É a classe de Entidades Espirituais de Maior Evolução que tem contato com a Terra . Apesar de sua relação conosco, não estão confinados nos seus limites, porque o conjunto dos Sete Universos que constituem a nossa cadeia planetária, é o campo evolutivo daqueles de maior elevação.
Nunca encarnaram como nós, e o processo evolutivo é bem diverso do nosso . Foram uma grande hierarquia espiritual, desde os que militam no plano físico ( etéreo), astral e mental do nosso planeta, até os grandes Orixás Cósmicos, regentes de Universo . E, então, estaremos na presença do “Único Orixá – Olorun”.
Entretanto, embora pertençam a uma cadeia evolutiva mais elevada que a da Humanidade, não quer dizer que não haja Orixás menos evoluídos que certos Entes Humanos .

H)    ENTIDADES ESPIRITUAIS ARTIFICIAIS:
Consideram-se como Entidades Espirituais Artificiais, aquelas produzidas pelos pensamentos humanos. A mais levada ação de pensar, faz com que a Essência Elemental se agite . No entanto, se o pensamento é mais intenso a Essência Elemental ganha forma que dependerá do tipo de pensamento emitido, e a sua duração, da intensidade do pensamento .
Claro está que o pensamento inconsciente, aquele sem rumo certo, já produz pequenas vagas e minúsculas formas, naturalmente no plano que afine. Entretanto, quando o pensamento é dirigido, repetido muitas vezes, estas formas corpo, podendo ser alimentadas pelo seu “Criador”, e mesmo aumentadas, já que são produtos de pensamentos conscientes .
As vezes, formam verdadeiras correntes nos planos onde foram criadas e denominam-se “Noures” ( termo de Ubaldi).

Ao conjunto de pensamentos de um recinto, é o que se denomina EGRÉGORA.

Por vezes, um espírito de natureza, um elementar, os anima agindo como um Ente Inteligente. As ondas de pensamentos, a forma pensamento ou forma vitalizada por elementar e a Egrégora, são utilizadas na Umbanda seguidamente.
É de bom alvitre, para com os Espíritos da Natureza, o “Profundo Conhecimento de Parte do Umbandista”, no seu manejo, para evitar males muito comuns provocados por neófitos e imitadores de rituais.

Assim, a Umbanda, esotéricamente, é a Egrégora do Planeta. É, pois, “O CONJUNTO DOS PENSAMENTOS EMITIDOS PELA HUMANIDADE ATRAVÉS DO TEMPO”.
QUINTO FUNDAMENTO
 
AS LINHAS DE UMBANDA
 
O estudo das Linhas de Umbanda,é deveras complexo e extremamente importante para a “CONSOLIDAÇÃO DA UMBANDA”, e não dogmatização, pois a Umbanda não tem “Dogmas”e sim “Fundamentos Evolutivos”.
 
Alguém já disse :
 “A UMBANDA MUITO SE DÁ OU TUDO SE LHE TIRA”.

Eis, pois, a primeira dificuldade que parte de sua origem universal ou brasileira.
A segunda, prende-se ao seu trino aspecto de filosofia, ciência e religião e a concordância destes aspectos na unidade de LINHAS.
Desde logo, devemos preterir aqueles que formulam arranjos hipotéticos fora da razão, da lógica e do conhecimento. Destas premissas, brota a compreensão que haverá muitas “Linhas”que vão depender de seu apoio conceitual, tomados em conjunto ou separadamente.
 
Desta forma, nascem as chamadas “LINHAS PRÁTICAS DEVOCIONAIS, DE CABOCLOS, AFRICANAS, DE SANTO CATÓLICO, DE ORIXÁ, MITOLÓGICAS OU HISTÓRICO- MITOLÓGICOS, ESOTÉRICAS ORIENTAIS OU OCIDENTAIS, DE “QUIMBANDA”, etc...
 
LINHAS PRÁTICAS OU DEVOCIONAIS:
Quando se situa a Umbanda como, religião independente de suas origens, ressalta ao observador, seu sincretismo e suas fazes ecléticas. Assim, a Umbanda seria formada por fragmentos de cultos religiosos, onde, aqui e ali há a predominância deste ou aquele, por formação ou escolha eclética.
Estas “Linhas”são constituídas, por agrupamentos de regras ditadas por “Chefe de Cultos” ou por “Entidades Espirituais” responsáveis por eles. Daí, haver tantas “Linhas” quantas forem as idealizações ou necessidades, ambientais das reuniões.
As “Linhas Práticas Devocionais” são livres. Cada Chefe, possivelmente cria a sua “Linha”. Nelas podem ser enquadradas as de “Caboclos”, as de “Africanismo” ou de “Pretos Velhos”, as de “Santos Católicos”, as de “Orixás”e, assim, nada mais são do que “Sistemas de Trabalhos”.

Sobre estas modalidades de reuniões, nada há a criticar. Somente, somos de parecer que não constituem “LINHAS DE UMBANDA”. São “SISTEMAS DE TRABALHO”. Cada um realiza dentro seu “RITMO”, de, “PROCESSO ESPIRITUAL”, ou na dependência da “COLETIVIDADE” que comanda ou pertence, sua maneira de trabalho.

LINHAS HISTÓRICO – MITOLÓGICAS:
A filosofia da história, a história, a “Cosmogonia”e a comparação dos “Mitos dos Povos”, trazem novas concepção de agregamento que vão constituir as “LINHAS DE UMBANDA HISTÓRICO-MITOLÓGICAS”.
Enquanto que as “LINHAS PRÁTICAS” ou “DEVOCIONAIS” são formuladas sem regras fixas e variáveis no tempo, as “LINHAS HISTÓRICO-MITOLÓGICAS” tem método distinto, pois seguem a conjuntos de conjuntos de conceitos universais em comparação lógica. Estas, naturalmente entram em choque com as primeiras, pois e de probabilidade mínima coincidirem: “vontade de acertar com cronologia histórica e crônica mitológica”.
LINHAS DE QUIMBANDA:
Sobre esta, “lembramos”que são sete as cabeças da besta do apocalipse . Tais cabeças representam os sete instintos baixos do Homem, os sete vícios capitais da Igreja Católica :
1.      Soberba;
2.      Avareza;
3.      Luxúria;
4.      Ira;
5.      Gula;
6.      Inveja;
7.      Preguiça.
Logo, alguém que tenha juízo e queira fazer um quadro esquemático com as “sete linhas de quimbanda”, é melhor que aproveite os nomes acima e dêem aos seus respectivas Entidades da Quimbanda. As sete “Linhas da Quimbanda”, se existem, estão dentro dos vícios de cada Homem . É, lamentável, pela incapacidade de muitos “Chefes de Terreira”, hoje, substituindo certos fundamentos da Quimbanda, em troca por “Giras de Kiumbas”, onde possibilita a infiltração dos vícios como: Cachaça, cigarros, charutos, maconha, e outras. Saiba mais profundamente sobre A KIMBANDA.

Com a finalidade de conquistar novos adeptos e, fazer exploração através destes vícios, um meio lucrativo. Não desejando generalizar, ou seja, nem todas as Terreiras de Umbanda se utilizam deste expediente. Que, em, futuro próximo, a tendência é prejudicar aquém realmente não se utiliza destes rituais, que na verdade é um passo para “Magia Negra”.
 
LINHAS ESOTÉRICAS:
As Linhas Esotéricas, ou mais precisamente, Linhas Esotérica Oriental, têm por base a constituição planetária: Sol, Mercúrio. Vênus, Júpiter, Marte, Saturno e Lua, onde estes planetas não são “Santos”, “Entidades” ou “Orixás”, ou não foram classificados como tais. Senão vejamos:

a) Não há matéria sem Espírito que a anime;
b) A Filosofia Oriental afirma a existência de “Raios”de personalidades encarnantes, os “Temperamentos”;
c) A Cabala dos Hebreus nos ensina que os planetas representam as forças físicas de seus “Anjos”, e que os “Sete Planetas”são símbolos hieroglíficos de nossas afeições.
Portanto, se pode estabelecer uma correspondência “Básica entre Orixá, Planeta e Raios”- Temperamentos.
O Búzio dá o Orixá.
A Astrologia dá o Ascendente.
O Esoterismo Oriental dá o Raio.
Será uma mesma coisa? - Quem sabe o “Prisma” é o mesmo e vamos cores diversas da mesma “Luz Branca”.
LINHA MÁGICA:
A Umbanda também é magia, por isso, melhor seria dizer “Linha Mágica de Umbanda”, linhas traçadas pelo raciocínio, através do Saber que é a “Magia da Ciência”, com os recursos da “Metafísica”, da “Tradição”, da “História”, das “Mitologias dos Povos” e das “Cosmogonias Religiosas”, e que se originam do “Uno”, “Olorun”, na sua restrição astrológica.
 
Como Hermes : “Assim como é em cima é em baixo”. Como Olorun é Uno, Trino e Septenário, assim, também, o nosso Universo, o Sistema Solar é Uno, Trino e Septenário.

OBATALÁ, o Orixá-Deus, é o Uno do nosso Sistema, cujo domínio é de todos os planos com permanência no primeiro, o “Ádico”o “Plano Divino”, e constitui-se nos aspectos: Oxalá – Xangô – Oxu, que por desdobramento, chegam até nós, por formação no Septenário constituindo os “Sete Orixás Criadores”, pertencentes aos Planos Nirvánico e Búdico, e que são, “As Sete Linhas Mágicas da Umbanda”:
OXALÁ – XANGÔ – YEMONJÁ – IBEIJE – OGUM – OKÊ – OXUM, que formam no “Plano Mental Superior”, o “Casual”, as “Doze Hierarquias Criadoras”, até chegarem aos “Planos Astral e Físico- Etéreo”, onde se passam os fatos comuns da Umbanda.