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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Alagadiço e a Polêmica Saga de Zé Baiano Por: Manoel Severo

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Nós que somos apaixonados pela temática cangaceira, que por muitos minutos, horas, dias, meses e alguns: vidas; percorremos este mundão de caatingas perdidas de nosso nordeste, não cansamos em nos surpreender com a forte energia que os cenários do cangaço acabam nos trazendo. Estivemos, ainda no primeiro semestre deste ano, visitando a simpática Alagadiço, distrito do município de Frei Paulo, Sergipe; cerca de 70 Km da capital Aracaju.
Quem já se aventurou a conhecer um pouquinho mais a história de Lampião em Sergipe, com certeza terá em Alagadiço, pouso certo para um dos mais marcantes episódios do mundo cangaceiro e um de seus mais intrigantes personagens: Zé Baiano.
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Zé Baiano ao centro
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Foi nesse pequeno pedaço de chão, encravado no meio do sertão sergipano, que perderia a vida o “Pantera Negra dos Sertões”, um dos mais cruéis cangaceiros que já písaram as terras nordestinas, Zé Baiano.Alagadiço foi por muito tempo um coito seguro para Lampião e os vários sub grupos sob sua liderança; para ali foi estabelecido o comando do famigerado cangaceiro de Chorrocho. Zé Baiano, negro alto, nariz achatado, "feio demais, parecia um gorila", segundo informações de quem conviveu com a fera; passou a visitar costumeiramente as terras do Alagadiço e em especial a casa de um determinado morador: Antonio de Chiquinho; que passou a ser o principal coiteiro da região.
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O inesperado aconteceria em 7 de Julho de 1936, Antonio de Chiquinho, cansado das perseguições das forças policiais, une seis companheiros civis e a partir de uma ousada ação de traição mata Zé Baiano e seu grupo.Ao final quatro cangaceiros estavem mortos no meio da caatinga de Lagoa Nova, Alagadiço.
Zé Baiano ficou famoso por sua crueldade e desumanidade, e dois episódios marcaram a ação do bandido: A morte de sua amada Lídia, supreendida em adultério e morta a pauladas pelo companheiro e pela absurda prática de ferrar as muitas sertanejas que lhes caiam em desgraça.
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No local da morte do bando; foi edificado pelo pesquisador Antônio Porfírio, um pequeno mausoléu: Ali "descansam" Zé Baiano,Demudado, Chico Peste e Acelino.
Também em Alagadiço se encontra um Museu do Cangaço, com peças pertencentes ao grupo de cangaceiros, livros, fotografias, enfim. Dentre os artefatos mais curiosos; o temível "ferro" do perigoso cangaceiro.Para os amantes do tema sugerimos a leitura do livro:“Lampião e Zé Baiano no povoado Alagadiço” de autoria de nosso confrade e amigo Antônio Porfírio.
 
 
 Oração De Zé Baiano
Umbanda

Deus na frente
Paz na guia
Te encomendo
A Deus
E a virgem Maria
Que seu corpo nao preso
nem morto e derrubado
nem teu sangue derramado
Andarás no meio de seus inimigos
Com prazer e alegria
assim como nosso Senhor
Jesus Cristo andou no ventre
da Sempre Virgem Maria
 

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