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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Sono e Sonhos - Visão Kardecista

Estudo parte I:

LIVRO DOS ESPIRITOS - Allan Kardec. Da Volta do Espírito a vida corporal. Parte Segunda. Capitulo VIII. Perguntas 400 a 406.

a) O espírito encarnado aspira sempre sua libertação do envoltório físico, que e' como se fosse um cárcere para oespírito.
b) O Espírito jamais esta inativo. Durante o sono, os laços que o prendem ao corpo físico se afrouxam e ele pode selançar no espaço.
c) Pelos sonhos pode-se avaliar a liberdade do espírito.Quando o corpo repousa o espírito tem mais faculdades, epode inclusive ter lembranças do passado e por-se em comunicação com outros espíritos.
d) Não recordamos totalmente de nossos sonhos pois, quando oespírito retorna o corpo, perde as lembranças do que passou.
e) As interpretações que se dão aos sonhos não tem relação com o que se sonha.
f) Muitas vezes os pressentimentos que temos em sonho são efeitos da imaginação, e não podemos esquecer que nos sonhoso espírito continua sendo influenciado pela matéria.
g) Podemos encontrar pessoas encarnadas durante o sonho epodem ser pessoas que nos vêem visitar.

Esclarecimentos:

1 - O espírito repousa quando do sono do corpo físico?

R - O Espírito está sempre em atividade, somente nosso corpofísico é que repousa; sendo justamente durante este período que o Espírito se encontra menos preso ou mais liberto do corpo e pode ter um contato maior com a espiritualidade seja ela Superior seja ela inferior.

2 - Porque não recordamos totalmente de nossos sonhos?

R - Nem sempre recordamos devido ao próprio retorno do espírito ao corpo físico, num processo semelhante ao esquecimento que ocorre durante a reencarnação.

3 - como analisar os que sempre interpretam os sonhos, buscando uma explicação para cada sonho?

R - São ingênuos que buscam o que não existe na realidade. Sonhos não tem significados místicos que muitos colocam.

Estudo parte II:

A) Não é necessário o adormecimento completo para a emancipação da alma. Para se emancipar, o espírito aproveitatodos os instantes de trégua que o corpo lhe concede. Basta que os órgãos entrem em estado de torpor para que o espírito recobre a liberdade.
Nota de Kardec: Assim se explica que imagens idênticas às que vemos, em sonho, vejamos estando apenas meio dormindo, ou em simples modorra.
b) O fato de ouvirmos palavras ou mesmo frases inteiras quando os sentidos começam a se entorpecer é, quase sempre, eco de algum espírito que desejava se comunicar conosco.
c) Às vezes, num estado que não seja o do adormecimento completo, estando com os olhos fechados, podemos ter visões, imagens distintas, cujas mínimas particularidades percebemos. Isto se dá devido ao espírito, estando entorpecidoo corpo, dele se desprender. Então, transporta-se e vê. Se já fosse completo o sono, haveria sonho.
d) As idéias que nos ocorrem durante o sono ou quando estamos ligeiramente adormecidos, que nos parecem excelentese que se nos apagam da memória, apesar dos esforços que façamos para retê-las, provêm da liberdade que o espírito tem quando se encontra emancipado, estado em que goza de suas faculdades mais amplamente. Também podem serc onselhos de outros espíritos.
e) Essas idéias, em regra, mais dizem respeito ao mundo dos Espíritos do que ao mundo corpóreo. Pouco importa que comumente o espírito as esqueça, quando unido ao corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento.
f) Encontrando-se desprendido da matéria, o espírito pode pressentir a morte do corpo físico. Também pode ter plenaconsciência dessa época, o que dá lugar a que, em estado de vigília, tenha a intuição do fato.
g) A atividade do espírito durante o repouso ou o sono corporal pode provocar cansaço no corpo físico, pois ele está a este ligado. Assim, a atividade do espírito durante a sua emancipação reage sobre o corpo e pode fatigá-lo.

Esclarecimentos:

1 - Pode o espírito se emancipar do corpo físico sem que este se encontre em completo sono?

R - Basta que os sentidos físicos se entorpeçam para que o espírito goze de relativa liberdade em relação ao corpo. Para se emancipar, o espírito se aproveita de todos os momentos de afrouxamento dos laços que o ligam ao organismofísico. Desde que as forças vitais se atenuem, ele se desprende parcialmente. Quanto mais se enfraquece o corpo, maior a liberdade do espírito.

2 - Como explicar as visões que temos quando o corpo físico ainda não está completamente adormecido?

R - Enfraquecidos os laços que o ligam ao corpo físico, como vimos na resposta anterior, o espírito dele já pode se desprender, transportar-se e ver à distância. Se fosse completo o sono, essas imagens se manifestariam através dosonho.

3 - O espírito sempre se recorda das idéias que lhe ocorrem durante o sono?

R - Encontrando-se em relativa liberdade, o espírito emancipado goza mais amplamente as suas faculdades, podendo entrar em contacto com outros espíritos e receber conselhos. Essas idéias que lhe são sugeridas nem sempre são recordadas inteiramente pelo espírito ao retornar ao corpo físico, pois, em geral, dizem mais respeito ao mundo espiritual do que ao corporal. No entanto, ainda que não se recorde plenamente das idéias, estas ser-lhe-ão inspiradas no momento oportuno.

4 - A atividade do espírito durante a emancipação pode influenciar de alguma forma o corpo físico?

R - A libertação do espírito em relação ao seu organismo fisiológico dá-se em grau proporcional ao seu estado evolutivo. Quanto mais desenvolvidas as suas faculdades, maior é o grau de liberdade que o espírito desfruta. Entretanto, esse desprendimento é sempre relativo, pois o desprendimento absoluto somente se dá com a morte do corpo físico. Assim, permanecendo ligado ao corpo, à atividade do espírito durante a sua emancipação reage sobre ele, podendo, inclusive, chegar a fatigá-lo.

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